Vacina: Entidade solicita esclarecimentos sobre procedimentos em pacientes imunocomprometidos

[su_dropcap style=”flat”]V[/su_dropcap]ocê deve estar acompanhando o grande avanço que os EUA têm experimentado na vacinação contra a Covid-19. Mas, em outras frentes, a comunidade estadunidense de pessoas que vivem com doenças raras têm manifestado preocupação.

Estudos recentes revelaram que pacientes transplantados (entre eles, doentes raros)  podem continuar vulneráveis à Covid-19, mesmo depois da segunda dose da vacina. Além disso, o recente anúncio da desobrigação do uso de máscaras naquele país tem preocupado pacientes imunocomprometidos, dado o risco mais elevado de contágio desta população vulnerável.

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Por conta disso, na quinta-feira passada (20/5) a EveryLife Foundation for Rare Diseases enviou uma carta aos dirigentes do Centro de Prevençao e Controle de Doenças (CDC), manifestando suas preocupações acerca destes temas e pedindo providências. O CDC é responsável pela vigilância sanitária nos EUA. 

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A carta se concentrou em três pontos relevantes:

  1. Dados emergentes que mostram que as vacinas contra a COVID-19 podem ser menos eficazes entre pessoas imunocomprometidas.
  2. O impacto das mudanças nas orientações do Centro de Controle de Doenças (CDC)  sobre o uso de máscaras em relação à população com doenças raras. 
  3. Acessibilidade continuada e necessidades de informação sobre as doenças raras à medida que a pandemia de COVID-19 evolui e a campanha de vacinação prossegue.

O documento ressalta que pesquisas recentes têm demonstrado que, “embora as vacinas sejam seguras, os indivíduos imunocomprometidos, os submetidos a um transplante de órgão sólido ou em uso de medicamentos imunossupressores podem produzir pouca ou nenhuma resposta de anticorpos às vacinas de RNA mensageiro (mRNA) atuais”.

Dito de outro modo, isso significa que, apesar da vacinação, “pode haver uma proporção significativa desta população específica que não estará protegida da infecção por SARS-CoV-2 no nível demonstrado em ensaios clínicos”.

Por conta disso, a Everylife Foundation solicita ao CDC “orientação e comunicação aprimoradas” de forma a que pacientes, familiares e profissionais de saúde possam tomar decisões informadas para se proteger do COVID-19, notadamente após as recomendações recentes do CDC sobre a não-obrigatoriedade o uso de máscaras .

A carta também apela ao CDC para aumentar a coleta de dados em casos envolvendo pessoas que contraem COVID-19 apesar de estarem totalmente vacinadas, de forma a se “construir uma base de evidências para determinar quem está em maior risco, quais intervenções podem ajudar a melhorar a probabilidade de alcançar a proteção total da vacina e quais testes podem prever com segurança o nível de proteção de uma pessoa”.

Além disso, a EveryLife exortou o CDC a expandir os esforços para garantir a distribuição acessível e equitativa de vacinas para adolescentes de alto risco e suas famílias, independentemente de sua localização geográfica, mobilidade física, habilidades tecnológicas ou níveis de alfabetização.

A Everylife Foundation recomenda que pacientes e cuidadores com dúvidas sobre as vacinas contra a COVID-19, novas orientações de máscara ou outras práticas recomendadas para se manterem seguros, devem conversar com sua equipe de profissionais de saúde, principalmente se tiverem recebido um transplante de órgão sólido, forem imuncomprometidos ou estiverem tomando medicamentos imunossupressores.

A EveryLife Foundation for Rare Diseases é uma organização não-partidária 501 (c) (3), sem fins lucrativos, dedicada a capacitar a comunidade de pacientes com doenças raras a defender uma legislação e políticas impactantes e científicas que avancem o desenvolvimento equitativo e o acesso a diagnósticos que salvam vidas, tratamentos e curas.

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