Cláudio Cordovil

Em uma lógica de “eficiência econômica”, quanto vale sua vida?

Passado na Alemanha nazista, Perdoai-nos as nossas ofensas (Netflix) é um curta-metragem estrelado por Knox Gibson que atua como uma pessoa com deficiência (PCD).

Sua sinopse informa:

“Quando Hitler decreta o Aktion T4, um programa mortal para matar qualquer PCD, o menino se vê fugindo para tentar salvar sua vida.

“Para onde quer que se volte, as pessoas parecem querê-lo morto, mas o rapaz sabe que vale mais do que esta vida que lhe foi dada, e terá de tomar uma decisão sobre o que vem a seguir.

“Essa história sombria é aquela que vai ficar com você muito tempo depois de terminar o filme.”

“Nenhum cálculo pode medir o valor da vida”

O filme é uma alegoria oportuna, de sinistra atualidade, especialmente quando se discutem limiares de custo-efetividade para o SUS. Que ao menos sejam justos. É o que se espera.

É de amplo conhecimento, entre círculos letrados, o fato de medidas convencionais empregadas para avaliar custo-efetividade de tratamentos discriminarem subpopulações já de todo prejudicadas: os injustiçados de sempre (pessoas com doenças raras, com deficiência, idosos e até mesmo doentes crônicos).

A  prova da moralidade de uma sociedade é o que ela faz por suas crianças


Dietrich Bonhoeffer

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