Cláudio Cordovil

Humira: Governos devem controlar preços abusivos de medicamentos

Aconteceu ontem, em Amsterdã, a primeira audiência de um processo que Pharmaceutical Accountability Foundation está movendo contra a farmacêutica Abbvie pela prática de preços abusivos na comercialização de Humira. Segundo a ONG, a motivação para processar a empresa é o fato de cobrar 1,2 bilhões de euros em excesso do sistema de saúde holandês para sua aquisição. Na ocasião, o juiz ouviu os argumentos de ambas as partes e decidirá sobre a admissibilidade e pertinência da ação judicial.

💊 Governos precisam agir para evitar preços abusivos de medicamentos e garantir o acesso à saúde.

  • Por que isso importa: O acesso a medicamentos acessíveis é um direito humano fundamental. Os altos lucros das farmacêuticas pressionam os sistemas de saúde e afetam o acesso equitativo.

🧠 O que está acontecendo: A Fundação de Responsabilidade Farmacêutica processou a AbbVie por lucros excessivos com o medicamento Humira.

  • O sistema de saúde holandês gastou 2,3 bilhões de euros com Humira, com 1,2 bilhões de euros de lucro abusivo.
  • Mundialmente, a AbbVie gerou $110 bilhões em lucros abusivos.

🔍 Nas Entrelinhas: Governos muitas vezes não sabem por que os preços de medicamentos são tão altos e acabam pagando valores exorbitantes.

  • Resolução da OMS de 2019 pediu transparência nos preços dos medicamentos, mas poucos progressos foram feitos.
  • As negociações atuais da OMS sobre pandemias podem incluir a transparência de preços.

💭 Nossa opinião: Governos precisam implementar a resolução da OMS e garantir preços justos para evitar futuros processos judiciais.

Clique aqui para saber mais

avatar do autor
Cláudio Cordovil Pesquisador em Saúde Pública
Jornalista profissional. Servidor Público. Pesquisador em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Especializado em Doenças Raras, Saúde Pública e Farmacoeconomia . Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ). Prêmio José Reis de Jornalismo Científico concedido pelo CNPq.

Deixe um comentário

error: Corta e cola, não!