
Trata-se de notícia boa e/ou ruim. Depende do referencial, como diria seu professor de Física. Boa, porque, de fato, os pacientes não podem esperar e já se observam impactos no ciclo da assistência farmacêutica em doenças raras em vários países do mundo. Ruim, porque, com as pessoas mais preocupadas em manter-se vivas, a mobilização para participação nas consultas públicas provavelmente será menor do que a desejada. Seria esta a intenção?
Outra notícia não muito boa foi a decisão de não-incorporação do riociguate (Bayer) para o tratamento de um determinado tipo de hipertensão pulmonar.
São consultas públicas para o PCDT da Doença de Pompe e para avaliação de propostas e diretrizes para diagnóstico e tratamento do Mesotelioma Maligno de Pleura (MMP). Para saber o que é um PCDT clique aqui
Demandado pelo próprio Ministério da Saúde, o PCDT sob consulta para Doença de Pompe foi elaborado após a incorporação, em outubro do ano passado, do medicamento alfa-alglicosidase como opção terapêutica. Com recomendação inicial favorável do Plenário (veja aqui o relatório inicial), o PCDT orienta critérios para diagnóstico e monitoramento desses pacientes, além do tratamento medicamentoso e não-medicamentoso.
As contribuições enviadas durante a Consulta Pública, CUJO PRAZO TERMINA HOJE! , auxiliam a elaboração deste PCDT. Nesse momento, especialistas, pacientes, profissionais de saúde e demais envolvidos com o tema podem opinar sobre a proposta do texto do PCDT. Para participar, clique aqui.
O pediatra e alergista Welton Correia Alves, que vive com Doença de Pompe e é presidente da Associação Brasileira de Pompe (Abrapompe), aponta problemas no PCDT.
“Um deles é o fato de se ter um longo período para firmar o diagnóstico em uma doença que tem sintomas e sinais iniciados na infância e adolescência. Quando este paciente chegar à vida adulta, não poderá candidatar-se ao tratamento, porque o PCDT só contempla pessoas com menos de 17 anos de idade.
Ele também critica o discutível conceito de ‘economia para os cofres públicos’ embutido na proposta de PCDT , ora em consulta pública.
“Não há razão para excluir os pacientes adultos de Doença de Pompe do acesso ao medicamento”. E prossegue “É um equívoco que deve ser corrigido, pois o remédio produz efeitos e mantém a qualidade de vida desses pacientes”. Welton adverte que a não ser revisto este critério de exclusão “serão mantidas as ações judiciais de interessados e o próprio Estado estará patrocinando a judicialização da saúde, com custos maiores que o do próprio tratamento, tanto para o paciente como para o Estado, que tem que comprar sem planejamento e com preço maior”.
Mesotelioma Maligno de Pleura (MMP)
A Conitec quer ouvir a sociedade sobre a proposta de texto para as Diretrizes Diagnósticas para Mesotelioma Maligno de Pleura (MMP). O documento irá sistematizar e padronizar os procedimentos diagnósticos disponibilizados no SUS e direcionar os cuidados e o tratamento. A proposta é, com a elaboração dessas orientações, traçar a real dimensão dos casos da doença no país, passo fundamental para gerir as ações do Ministério da Saúde relacionados ao tema.
Especialistas, pacientes, profissionais de saúde e demais envolvidos com o tema podem opinar sobre a proposta do texto das diretrizes diagnósticas do MMP. O PRAZO TERMINA HOJE !!! Para participar, basta clicar aqui.
RIOCIGUATE
E não foi dessa vez, infelizmente! O riociguate, comercializado pela Bayer S.A sob a marca AdempasⓇ, único tratamento medicamentoso disponível para a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) inoperável ou recorrente persistente. A Conitec optou por não incorporar o medicamento ao SUS.
Isso depois de apontarmos nesse blog vícios prováveis destes processos de avaliação e depois de a Consulta Pública ter recebido 3.384 contribuições da sociedade, sendo que 90% delas positivas.
A Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar (Abraf) pretende recorrer da decisão. Nas palavras de sua dirigente, Paula Menezes, ela “desrespeita os preceitos da administração pública, as evidências científicas e o direito à vida e à saúde”.
Com informações da CONITEC




Gente , Por favor , peço a compreensão a sugestao é a gentileza ,da alteração do protocolo na inclusão dos adultos para o tratamento da alfa glicolidase.Grato
Gostaria que fosse incluído no protocolo de tratamento da alfa glicolidase os adultos.Grato.
Sou enfermeira e tenho pacientes adultos portadores de Pompe que apesar de algumas limitações da doença vivem com qualidade, trabalham e cumprem seu papel social, isso só é possível pelo tratamento de reposição enzimática com alfa glicosidade. É um grave erro não incluir os pacientes adultos no protocolo, precisamos contemplar também esses pacientes adultos no protocolo de tratamento com alfa glicosidase.
Importante depoimento, Andreia. Muito obrigado por sua participação! 🙂
Bom, excelente….sou portador de Pompe em tratamento a 1 ano e 4meses e a minha melhora foi 80 % em todos os aspectos.