Cláudio Cordovil

A Inclusão do Paciente no Desenvolvimento de Medicamentos

Pacientes estão cada vez mais envolvidos no desenvolvimento de medicamentos. Este artigo, de autoria de minha colega Claudia Egher (a quem tive o prazer de conhecer em março, em Utrecht, Holanda) e de Olga Zvonareva (Universidade de Maastricht) , explora como essa mudança está se dando, destacando exemplos práticos, desafios e estratégias para tornar esse processo mais inclusivo e ético.

Historicamente, pacientes tinham um papel passivo no desenvolvimento de medicamentos. A própria palavra “paciente” denota esta sua vinculação ao polo passivo da relação com o médico. Contudo, essa realidade está mudando rapidamente, com esforços crescentes para envolver pacientes ativamente no processo. Vários exemplos ilustram esta tendência. O Patient Protocol Engagement Toolkit da TransCelerate Biopharma é uma ferramenta desenvolvida para facilitar o envolvimento do paciente. As iniciativas PFMD e a EUPATI, apoiadas pelo Fórum Europeu de Pacientes, são outras plataformas relevantes nesse sentido.

A representação do paciente no desenvolvimento de medicamentos exige um entendimento aprofundado em três áreas principais:

  • conhecimento de desenvolvimento de medicamentos;
  • conhecimento autobiográfico, e ;
  • conhecimento comunitário.

É vital que os pacientes possuam um entendimento básico das etapas de desenvolvimento de medicamentos, além de um conhecimento profundo de suas próprias experiências e das de sua comunidade.

Um dos principais desafios é evitar a criação de uma elite restrita de representantes dos pacientes. Além disso, considerações éticas como a autonomia e a privacidade dos pacientes são cruciais. Empresas farmacêuticas, associações de pacientes e órgãos reguladores desempenham papéis distintos, mas complementares, neste processo. Promover a diversidade e adaptar as estratégias de envolvimento para serem culturalmente sensíveis aos contextos locais são passos fundamentais para um processo mais inclusivo.

Questões éticas, como o consentimento informado e a confidencialidade, devem ser tratadas com seriedade para proteger os direitos dos pacientes. É importante avaliar o impacto do envolvimento do paciente, tanto na satisfação do próprio quanto no desenvolvimento de medicamentos.

O artigo de Egher destaca a crescente importância da participação dos pacientes no desenvolvimento de medicamentos, destacando a necessidade de inclusão, diversidade e considerações éticas.

Clique aqui para ler o FAQ que preparamos sobre o artigo para você!


Fonte: Egher C, Zvonareva O. Knowledge based representation: patient engagement in drug development. Health Expect. 2023; 27:e13912. doi:10.1111/hex.13912

Nota de Transparência: Este post foi inicialmente gerado com o auxílio de tecnologias avançadas de Inteligência Artificial (IA), visando otimizar o processo de pesquisa e escrita. No entanto, é importante destacar que todo o conteúdo foi rigorosamente revisado e editado pelo autor deste blog, Cláudio Cordovil Oliveira, pesquisador em saúde pública especializado em doenças raras (ENSP/Fiocruz). Nosso compromisso com a precisão e a qualidade da informação permanece inabalável, e a supervisão humana qualificada é uma parte essencial desse processo. A utilização da IA é parte do nosso esforço contínuo para trazer informações atualizadas e relevantes, sempre alinhadas com os mais altos padrões éticos e científicos.

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Cláudio Cordovil Pesquisador em Saúde Pública
Jornalista profissional. Servidor Público. Pesquisador em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Especializado em Doenças Raras, Saúde Pública e Farmacoeconomia . Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ). Prêmio José Reis de Jornalismo Científico concedido pelo CNPq.

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