Cláudio Cordovil

SUS não entrega 76 medicamentos e procedimentos incorporados desde 2018

🩺 Pacientes enfrentam atrasos graves no acesso a medicamentos e tratamentos aprovados para o SUS. O prazo legal de 180 dias não é cumprido, e a espera média já ultrapassa 648 dias.

  • Por que isso importa: Esses atrasos afetam diretamente a saúde de milhares de brasileiros, comprometendo tratamentos essenciais e aumentando a judicialização no sistema de saúde.

🧠 O que está acontecendo:

O Ministério da Saúde descumpre a legislação que prevê oferta de medicamentos e tratamentos em até 180 dias após sua incorporação ao SUS.

  • 76 itens, incluindo medicamentos contra câncer, diabetes e doenças raras, ainda não foram disponibilizados.
  • Problemas incluem falta de contratos, protocolos pendentes e burocracia da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

🔍 Nas entrelinhas:

A demora reflete falta de orçamento e vontade política.

  • O impacto no orçamento anual de novas tecnologias varia de R$ 5,9 milhões a R$ 347 milhões.
  • A judicialização cresce à medida que pacientes buscam soluções rápidas para tratamentos negados.

🏃 Resumindo:

Os atrasos criam uma corrida contra o tempo para pacientes que dependem do SUS. Em casos graves, como o da AME (atrofia muscular espinhal), a falta de acesso a tratamentos pode levar à morte.

🖼️ O quadro geral:

O Ministério da Saúde aumentou o orçamento para assistência farmacêutica em 63,4% desde 2022. No entanto, falta gestão eficaz para garantir que medicamentos aprovados cheguem rapidamente à população.

💭 Nossa opinião:

A saúde pública precisa de mais agilidade e compromisso político para cumprir sua missão básica: salvar vidas.


Fonte: SUS não entrega ao menos 76 medicamentos e procedimentos incorporados à rede pública desde 2018 / Folha de S. Paulo

Foto: Cena da peça Esperando Godot, de Samuel Beckett

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Cláudio Cordovil Pesquisador em Saúde Pública
Jornalista profissional. Servidor Público. Pesquisador em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Especializado em Doenças Raras, Saúde Pública e Farmacoeconomia . Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ). Prêmio José Reis de Jornalismo Científico concedido pelo CNPq.

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