A fibrose cística, uma das condições mais graves e frequentes entre as doenças raras, acaba de ganhar, no Brasil, um novo aliado no combate à sua progressão. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota oficial saudando a incorporação do medicamento Trikafta® ao SUS, um avanço significativo que promete trazer alento aos afetados pela doença.
Esta doença multi-sistêmica, que afeta principalmente pulmões e pâncreas, apresenta um desafio único de tratamento, o que torna a aprovação do Trikafta® um marco importante. No entanto, o processo de aprovação pela CONITEC foi complexo, levantando questões sobre a relação custo-efetividade do medicamento, que a nota acaba por destacar.
A negociação do preço do Trikafta® revelou uma disparidade surpreendente entre o preço inicialmente proposto e o preço final, fato destacado na nota. Inicialmente vendido ao governo por R$ 112.779,05 por caixa, o preço caiu para R$ 68.321,11 após o registro na Anvisa. Depois da negociação com a CONITEC, o preço proposto foi de R$ 49.058,80. Ainda não foi divulgado oficialmente, mas estima-se que o preço final será entre R$ 32 mil e R$ 36 mil por caixa.
A aprovação do Trikafta® ilustra as complexidades e desafios associados à incorporação de novos medicamentos para o tratamento de doenças raras. Enquanto a indústria farmacêutica precisa ser flexível, o sistema de saúde precisa equilibrar os interesses dos cidadãos e as limitações financeiras.
A nota observa que a decisão em torno do Trikafta® demonstra a evolução da CONITEC, reforçando o princípio de equidade do SUS e destaca a necessidade de reflexão contínua sobre a incorporação de novos medicamentos para doenças raras.
Leia a íntegra da nota da SBP abaixo.