Cláudio Cordovil

Resumindo: Medicamentos de Alto Custo: definições presentes na produção científica e acadêmica brasileira sobre judicialização em saúde

Fonte e Credibilidade

  • Autores: Rosângela Caetano, Ione Ayala Gualandi de Oliveira, Lívia Mattos, Patrícia Krauze, Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro.
  • Revista: Saúde em Debate, volume 49, número 144, 2025.
  • Link para o artigo original: https://doi.org/10.1590/2358-289820251449329P

Contexto do Estudo

A judicialização da saúde no Brasil tem sido um fenômeno crescente, especialmente no que se refere ao acesso a medicamentos. Dentro desse contexto, os Medicamentos de Alto Custo (MAC) frequentemente aparecem nas demandas judiciais. No entanto, a falta de uma definição clara e uniforme para o que constitui um MAC dificulta a compreensão e a gestão dessas demandas. Este estudo busca identificar e analisar as definições e compreensões existentes sobre MAC na literatura científica e acadêmica brasileira relacionada à judicialização de medicamentos.

Objetivo da Pesquisa

Examinar as definições e entendimentos de Medicamentos de Alto Custo presentes na produção científica e acadêmica nacional relacionada à judicialização na esfera pública, visando contribuir para a conceituação dessa categoria de medicamentos.

Metodologia

Foi realizada uma revisão de escopo seguindo a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. As bases de dados Medline, Embase, Lilacs, Web of Science, Scopus e a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações foram pesquisadas em busca de estudos empíricos relacionados à judicialização de medicamentos que incluíssem MAC, publicados ou defendidos no período de 2005 a 2022. Foram incluídos 62 artigos científicos e 66 dissertações e teses.

Principais Descobertas

  • Definições Explícitas: Apenas 19,1% dos artigos e 15,2% das dissertações e teses apresentaram definições explícitas de MAC.
  • Temas Centrais Identificados:
    • Alto Custo Unitário ou Total do Tratamento: Medicamentos com alto valor por unidade ou tratamentos prolongados que resultam em custos elevados, impactando significativamente o orçamento familiar.
    • Medicamentos ‘Novos’: Fármacos sem registro sanitário no país, fora das listas de financiamento público, frequentemente direcionados a doenças raras e genéticas.
    • Especificidades na Aquisição e Dispensação: Medicamentos que requerem condições especiais para aquisição ou distribuição.

Implicações para Pacientes e Cuidadores

A falta de uma definição clara de MAC pode gerar incertezas sobre os direitos dos pacientes ao acesso a determinados medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa imprecisão pode levar à necessidade de ações judiciais para garantir o acesso a tratamentos essenciais, especialmente para doenças raras ou crônicas que exigem medicamentos de alto custo. Para pacientes e cuidadores, compreender essas nuances é crucial para navegar no sistema de saúde e assegurar os tratamentos necessários.

Limitações do Estudo

O estudo se limitou à literatura brasileira e à judicialização de medicamentos, podendo não abranger todas as nuances das definições de MAC em outros contextos ou áreas da saúde.

Conclusão e Mensagem Final

A ausência de uma definição consensual de Medicamentos de Alto Custo na literatura científica e acadêmica brasileira evidencia a necessidade de padronizar esse conceito. Uma definição clara é fundamental para aprimorar a gestão da assistência farmacêutica e orientar políticas públicas que garantam o acesso equitativo a medicamentos essenciais, especialmente para aqueles que dependem do SUS para tratamentos de alto custo.

Referência ao Artigo Original

Caetano R, Oliveira IAG de, Mattos L, Krauze P, Osorio-de-Castro CGS. Medicamentos de Alto Custo: definições presentes na produção científica e acadêmica brasileira sobre judicialização em saúde. Saúde em Debate. 2025;49(144). Disponível em: https://doi.org/10.1590/2358-289820251449329P

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Cláudio Cordovil Pesquisador em Saúde Pública
Jornalista profissional. Servidor Público. Pesquisador em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Especializado em Doenças Raras, Saúde Pública e Farmacoeconomia . Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ). Prêmio José Reis de Jornalismo Científico concedido pelo CNPq.

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