Uma expansão potencialmente considerável do reembolso ((A título de compreensão, pode ser lido como “uma expansão potencialmente considerável de incorporação ao sistema de saúde destes tratamentos)) de tratamentos de atrofia muscular espinhal (AME) na Dinamarca não se concretizou porque as expectativas de redução de preços não foram cumpridas.
Um grupo de defesa dos pacientes apressou-se em condenar o Conselho de Medicamentos e os fabricantes de medicamentos pelo impasse.
Atualmente, os medicamentos são reembolsados apenas para crianças de 0 a 6 anos. Em dezembro de 2022, o Conselho recomendou o uso dos medicamentos em pacientes mais velhos, incluindo adultos, condicionado a reduções de preços.
Até o momento, no entanto, a Amgros ((A Amgros I/S é uma empresa dinamarquesa que compra medicamentos, aparelhos auditivos e outros produtos para farmácias e hospitais dinamarqueses. A Amgros também realiza tarefas relacionadas à pesquisa, desenvolvimento e registro dos medicamentos produzidos nas farmácias hospitalares)) não conseguiu negociar preços aceitáveis para a população ampliada de pacientes.
Steen Warner Hansen, co-presidente do Conselho, disse: “Esperávamos reduções de preços perceptíveis porque as empresas tinham a perspectiva de poder vender seus medicamentos para um grupo muito maior de pacientes – até seis vezes mais pacientes”.
Jørgen Schøler Kristensen, o outro co-presidente do Conselho, concordou: “A evidência documental sobre o efeito ainda é fraca, especialmente para pacientes adultos. Portanto, ainda não há uma relação razoável entre efeito documentado e preço, agora que as empresas não estão dispostas a baixar o preço para que mais pacientes possam receber tratamento.”
O Conselho quer que os novos preços “reflitam particularmente a fraca documentação do efeito, especialmente em pacientes adultos, e o número potencialmente muito maior de pacientes”. Com base nos resultados da renegociação, o Conselho decidirá se deve ampliar o reembolso.
O Muskelsvindfonden (Fundo de Distrofia Muscular) é altamente crítico do Conselho e dos fabricantes de medicamentos. Na sua opinião, “o modelo tender foi tão irremediavelmente comprometido que o próprio Conselho de Medicamentos tem, em muitos aspectos, uma grande responsabilidade pela falta de descontos”.
A associação sugere que “o modelo de certame escolhido dá à indústria farmacêutica boas desculpas para manter um nível de preços excessivamente elevado”, porque exige um preço uniforme, mas divide a população em três grupos etários. Os adultos representam de longe o maior coorte, mas Muskelsvindfonden observa que a experiência em outros países indica que muitos desses pacientes recusam o tratamento.
Segundo a associação, “o preço (que é sigiloso, mas provavelmente algo entre 0,6 milhões e 2 milhões de coroas dinamarquesas por paciente) ((Algo entre 400 mil reais e 1,5 milhão de reais)) será o mesmo, independentemente de venderem medicamentos a 59 ou 190 doentes.
Além disso, as duas farmacêuticas perdedoras tiveram que se contentar com 20% do mercado e garantir o novo preço a todos que são tratados com seu medicamento – incluindo as crianças que já estão sendo tratadas.”
Como abordagem alternativa, o Muskelsvindfonden pede que um acordo simples preço-volume, “onde as empresas devem garantir um preço que seja baseado em quantos pacientes são tratados com sua preparação ((E não em quais grandes faixas etárias, como os burocratas de saúde na Ordem dos Médicos – que são, afinal, gerentes hospitalares antes de serem médicos – decidem)) seja celebrado.”
Neil Grubert é especialista em acesso ao mercado farmacêutico com 30 anos de experiência no rastreamento dos mercados globais de medicamentos. Ele é autor de mais de 150 relatórios sobre acesso ao mercado, cobrindo 20 mercados maduros e emergentes, várias áreas terapêuticas e vários problemas do setor. Atualmente trabalha como consultor independente. Você pode ler seus artigos regularmente neste blog.
Nós pacientes temos muitas lutas diária com nossa doença fazemos de tudo para ter uma qualidade de vida um pouco melhor já que nossa doença ao tem cura mais temos o direito de viver melhor e sem a incorporação da nossa medicação é inviável viver bem por isso precisamos ser vistos com outros olhos não como um gasto pro Estado mais sim como pessoas como qualquer outra que necessita de medicação pra ter uma vida digna na saúde e uma qualidade de vida melhor…