A avaliação econômica da saúde e os fatores ambientais terão mais peso na ATS na França no futuro. A Haute Autorité de Santé (HAS; Autoridade Nacional de Saúde) acaba de publicar um documento de estratégia para 2025-2030 e um roteiro de saúde ambiental.
Alterações gerais
A agência reavaliará continuamente seus métodos de avaliação e os adaptará quando necessário, com o duplo objetivo de identificar inovações (incluindo inovações de “baixo ruído”) e oferecer aos gestores públicos e ao público conhecimentos científicos rigorosos. Este objetivo reflete a necessidade de gerenciar a incerteza em torno das supostas inovações. Quaisquer alterações nas doutrinas de avaliação estarão de acordo com os valores de transparência da HAS para permitir aos fabricantes uma transição suave.
Serão desenvolvidas metodologias para avaliar o impacto organizacional para incentivar a criação de novas organizações à nivel nacional.
As interações com os desenvolvedores de tecnologia de saúde serão aumentadas – por exemplo, aproveitando o impulso do diálogo precoce sobre ensaios clínicos e reuniões de pré-submissão, bem como desenvolvendo uma cultura de feedback para apoiar fabricantes e indivíduos, estabelecendo parcerias com órgãos públicos envolvidos em inovação ou incentivando a colaboração com o setor de pesquisa.
Avaliação econômica em saúde
A HAS repensará sua abordagem à avaliação econômica da saúde para refletir o contexto orçamentário esperado dos próximos anos (tinyurl.com/3np46d7b). Em particular, a agência visa:
● Dar um novo impulso às avaliações econômicas para fornecer aos tomadores de decisão públicos as informações mais úteis sobre a eficiência dos gastos com saúde, incluindo cuidados de saúde preventivos.
● Trabalhar com todos os stakeholders para redefinir as diretrizes para o uso de avaliações de eficiência para produtos de saúde.
● Experimentar parcerias com órgãos públicos de pesquisa para fornecer subsídios para estudos econômicos em saúde, ou mesmo para compartilhar a tarefa de realizá-los.
Considerações ambientais
A agência procurará adicionar uma dimensão ambiental às suas avaliações, o que exigirá o uso de indicadores de impacto ambiental (particularmente aqueles baseados na análise do ciclo de vida). Entre os fatores que podem ser considerados estão os seguintes:
● Interesse de saúde pública: um produto contribui para uma melhoria significativa da saúde da população, satisfaz uma necessidade de saúde pública ou reduz o consumo de recursos.
● Impacto ambiental das embalagens de tecnologias em saúde.
● Descarte do produto (por exemplo, baterias, resíduos infecciosos).
Será considerada a possibilidade de integrar o impacto ambiental nas avaliações económicas da saúde da Comissão de Avaliação Económica e de Saúde Pública (CEESP). A HAS buscará equilibrar os fatores ambientais com a preservação da qualidade do atendimento, que continuará sendo sua principal missão.
Neil Grubert é especialista em acesso ao mercado farmacêutico com mais de 30 anos de experiência no rastreamento dos mercados globais de medicamentos. Ele é autor de mais de 150 relatórios sobre acesso ao mercado, cobrindo 20 mercados maduros e emergentes, várias áreas terapêuticas e vários problemas do setor. Atualmente trabalha como consultor independente. O blog Academia de Pacientes detém direitos exclusivos de reprodução dos posts de Neil Grubert em lingua portuguesa. Você pode ler artigos de Neil Grubert neste blog às quartas e sextas-feiras